Uma pesquisa realizada pelo aluno do Programa de Pós-Graduação em Biofísica Molecular da Unesp de São José do Rio Preto, Idiberto José Zotarelli Filho, estuda as células-tronco mesenquimais do tecido adiposo para regeneração de tecidos.
De acordo com Zotarelli Filho, o foco da pesquisa é o crescimento das células tronco mesenquimais em biomateriais para a criação de um tecido “in vitro” que poderá ser inserido em tecidos com pouca vascularização (conjunto de vasos sanguíneos).
Células-tronco mesenquimais são capazes de se diferenciar em vários tipos de células para reparação ou regeneração dos tecidos ósseo, cartilaginoso, hepático, cardíaco e neural. Em adultos, estas células são normalmente encontradas na medula óssea e no tecido adiposo (gordura).
Segundo o pesquisador, os resultados da pesquisa mostraram a importância da utilização de biomateriais associados às células-tronco mesenquimais para a angiogênesis (crescimento de novos vasos sanguíneos a partir dos já existentes) de tecidos, bem como a utilização das Petakas (dispositivos que substituem as garrafas tradicionais de cultura celular – Celartia, Ohio/EUA e Grupo Vida) como inovação tecnológica para o cultivo dessas células.
Zotarelli Filho explica que alguns testes serão realizados em mini porcos, em parceria com o Câmpus da USP de Pirassununga.
“Futuramente, essa pesquisa será desenvolvida em seres humanos, podendo atender grandes áreas como cirurgia plástica, vascular-regeneração de membros inferiores e cirurgia cardíaca”, afirma.
A pesquisa é orientada pelo professor Gustavo Orlando Bonilla Rodriguez, do Departamento de Química e Ciências Ambientais do Ibilce, e desenvolvida em parceria com o IMC de Rio Preto (Instituto de Moléstias Cardiovasculares) e no HMC (Hospital de Moléstias Cardiovasculares) também de Rio Preto.
Premiações
O trabalho de Zotarelli Filho recebeu premiação no XXI Simpósio Internacional de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular Albert Einstein (Hospital Albert Einstein). O evento proporcionou patrocínio do “Grupo Vida” para que a pesquisa tenha continuidade na Ohio State University (EUA) e também na Celartia (EUA). A viagem ocorrerá no segundo semestre deste ano.
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