Nas últimas décadas, países em desenvolvimento, como o Brasil, tem passado por diversos processos de transição, dentre os quais se destaca o aumento progressivo na urbanização. Este fenômeno tem levado à alterações significativas no comportamento alimentar e no estilo de vida da população, afetando consequentemente os padrões de saúde/doença.
É de conhecimento geral que a alimentação e a saúde devem caminhar juntas, uma vez que uma alimentação inadequada pode afetar tanto a saúde física quanto a mental. Mudanças ocasionadas pela urbanização e modernização, aliadas ao fato de que as mulheres, que antes ficavam em casa, agora também trabalham fora, tem impactado significativamente o padrão alimentar.
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A rotina acelerada e o excesso de trabalho tem causado modificações na alimentação da população, que busca cada vez mais alimentos práticos e fáceis de preparar. Isso resulta em um consumo exagerado de alimentos industrializados, processados e ultraprocessados, altamente calóricos e ricos em conservantes, açúcares, gorduras, corantes e sódio, em detrimento do consumo de alimentos in natura. A alimentação inadequada, aliada a um estilo de vida sedentário, tem resultado em um aumento de indivíduos (adultos e crianças) com excesso de peso e expostos às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs).
As DCNTs incluem:
Essas doenças têm desempenhado um papel fundamental no perfil da saúde dos brasileiros, devido ao crescente número de indivíduos com sobrepeso e obesidade, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), representa um dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil.
A obesidade, por exemplo, é caracterizada pela OMS como o acúmulo de gordura corporal em níveis que afetam a saúde do indivíduo, atuando como um fator de risco para o surgimento de outras doenças, como as doenças cardiovasculares, diabetes e dislipidemias. O diagnóstico é comumente realizado por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), sendo considerado obeso um indivíduo com IMC acima de 30 kg/m2.
O Diabetes Mellitus (DM), por sua vez, é uma síndrome metabólica de origem múltipla, resultante de defeitos na ação ou na secreção de insulina, caracterizada por hiperglicemia. O alto consumo de alimentos processados e ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras e sódio, aliado ao estilo de vida sedentário, favorece o excesso de peso e, consequentemente, é um fator de risco para o desenvolvimento de DM.
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é outra doença relacionada à alimentação inadequada e ao sedentarismo. De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o consumo de sódio (Na) e potássio (K) são fatores de risco nutricional envolvidos nessa patologia, além do excesso de peso.
As Doenças Cardiovasculares (DCVs) afetam o funcionamento do coração e incluem condições como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), angina, doenças cardíacas reumáticas, cardiopatias congênitas, doenças hipertensivas e aterosclerose. Para prevení-las, deve-se evitar alimentos ricos em carboidratos refinados, colesterol, gorduras saturadas e com baixo teor de fibras alimentares, priorizando a ingestão de carnes magras, frutas, hortaliças e alimentos integrais.
Já as dislipidemias são caracterizadas como alterações metabólicas do perfil lipídico, como elevação do colesterol total, da lipoproteína de baixa densidade (LDL) e dos triglicerídeos, e diminuição da lipoproteína de alta densidade (HDL). A alimentação é a principal responsável pelas alterações no padrão lipídico.
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Pode-se observar que as DCNTs estão diretamente ligadas ao estilo de vida urbano, moderno e industrializado, e ao nosso padrão alimentar, que se tornou rico em calorias, açúcares e gordura saturada, com alto consumo de alimentos ultraprocessados e processados, e reduzido em alimentos in natura e fontes de fibra.
Essas modificações, associadas ao sedentarismo, estão resultando em um aumento considerável da obesidade e das DCNTs. Portanto, é de extrema importância a realização de medidas visando à educação nutricional para que tenhamos hábitos alimentares mais adequados e saudáveis, combinados com a prática regular de exercícios físicos, a fim de prevenir a obesidade e as DCNTs.
Inicie sua mudança de estilo de vida hoje. Se não quiser fazer por você, faça pelo seu filho, neto. Já parou para pensar que a saúde da próxima geração da sua família pode estar nas suas mãos? Obesidade, DCNTs, câncer e muitas outras doenças estão associadas à alimentação e ao estilo de vida. Pense com carinho e reveja seus conceitos!
No mundo de hoje, se você se alimenta corretamente, você é considerado “fitness” ou alguém que faz dieta!
Luciana Mirela Mendes Maluf é um nome que ressoa com autoridade e experiência no campo da saúde em São José do Rio Preto/SP. Sua jornada profissional, abrange mais de duas décadas de um rico e variado conjunto de experiências, habilidades e conhecimentos que a tornam uma profissional altamente qualificada e respeitada em sua área.
Iniciando sua carreira na saúde no ano 2000, Luciana se formou em Enfermagem pela renomada Tecmed ( Coren-SP 151427 ). Sua especialização em exames médicos, cirurgias oftalmológicas, instrumentação cirúrgica e central de materiais hospitalares a tornou uma enfermeira de confiança e competência inquestionável.
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Luciana desenvolveu uma paixão especial pela Nutrição Esportiva. Ela acredita firmemente que a Nutrição adequada é a chave para o desempenho atlético de ponta e a recuperação eficaz. Com seu conhecimento aprofundado e abordagem científica, ela tem ajudado atletas a atingir seus objetivos nutricionais e de desempenho, orientando seus pacientes sobre como podem melhorar o desempenho, acelerar a recuperação após o treino, prevenir lesões e manter um peso saudável.
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